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Justiça reconhece dupla maternidade em registro de bebê gerado por inseminação caseira em MG

Decisão atendeu a pedido da Defensoria Pública e garante o nome das duas mães na certidão de nascimento. Criança deve nascer em agosto. Defensoria Pública...

Justiça reconhece dupla maternidade em registro de bebê gerado por inseminação caseira em MG
Justiça reconhece dupla maternidade em registro de bebê gerado por inseminação caseira em MG (Foto: Reprodução)

Decisão atendeu a pedido da Defensoria Pública e garante o nome das duas mães na certidão de nascimento. Criança deve nascer em agosto. Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais, em Belo Horizonte Reprodução/TV Globo A Justiça de Minas Gerais reconheceu a dupla maternidade de um bebê que está previsto para nascer em agosto, após ação movida pela Defensoria Pública. A decisão garante que o recém-nascido será registrado com o nome da mãe biológica e da mãe socioafetiva, mesmo tendo sido gerado por meio de inseminação artificial caseira. O casal, que vive em Governador Valadares, formalizou o casamento civil neste ano após três anos de união estável. Elas tentaram engravidar por clínicas de fertilização, mas optaram pela inseminação caseira devido ao alto custo dos procedimentos e à ausência de garantias de sucesso. 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 Vales no WhatsApp Após cerca de um ano de tentativas, a gestação foi confirmada. Com a proximidade do parto, as mães procuraram a Defensoria Pública de Minas Gerais para garantir o direito ao registro conjunto do filho, mesmo sem laudo de clínica de reprodução humana — geralmente exigido para este tipo de reconhecimento. O cartório da cidade havia informado que, sem o documento, o registro de nascimento poderia ser feito apenas em nome da mãe biológica. Diante disso, a Defensoria entrou com ação judicial solicitando o reconhecimento da dupla maternidade, com inclusão da mãe socioafetiva no registro civil, além do nome dos pais dela como avós da criança. Na petição, a Defensoria destacou que a mãe socioafetiva acompanha a gestação desde o início, participa de todas as consultas e exames, e é o principal apoio da gestante, que não possui familiares na cidade. O pedido de urgência foi acolhido pelo juízo da 1ª Vara Cível da Comarca de Governador Valadares, que autorizou o registro da criança com o nome das duas mães, reconhecendo o vínculo familiar em regime de multiparentalidade. A decisão judicial traz segurança jurídica para a família, garantindo, por exemplo, o direito à licença-maternidade para ambas. O processo corre em segredo de justiça. Inseminação caseira: veja os problemas do procedimento improvisado e perigoso Vídeos do Leste e Nordeste de Minas Gerais Veja outras notícias da região em g1 Vales de Minas Gerais.